segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Carrefour desrespeita clientes

Já que se trata de uma rede de supermercados, que local mais apropriado para este artigo do que um blog de alimentação ?

Aconteceu neste Dia das Crianças (14 de outubro de 2012) no supermercado Carrefour do Shopping Del Rey.

O Shopping Del Rey é considerado (não vamos ser politicamente corretos como esta geração DOENTE que está aí) como Shopping de POBRES. Está situado na Zona Norte de nossa cidade. É sabido que na seleção de vendedores das grandes cadeias de lojas e atacado, o PIOR vai para os Shoppings "menos favorecidos". Se você já comprou em estabelecimentos deste perfil sabe muito bem do que estamos falando.  Tome as lojas de eletrodomésticos como exemplo. Na zona Norte, se você pergunta por algum produto, e não está disponível, o vendedor (de braços atrás das costas, como sinal de educação) diz:

NÃO TEMOS NO MOMENTO

Já na zona Sul, os vendedores pedem para você aguardar, ligam para outra loja da rede e mandam vir o produto. São dois contextos, e dois tratamentos. Os mais simples são tratados pelas Normas, Regulamentos e Leis. E se não existir uma para a situação, os empresários, gerentes, subgerentes e até os empregados criam NA HORA.

Vamos então ao caso. Uma cliente comprou um presente de aniversário no dia citado. Em dia das crianças, de ALTO MOVIMENTO PREVISTO, esta cliente faz a compra desejada. Tratando-se de um presente, ela vai para a fila de embrulhos. E então ela ouve a inusitada frase:

O PAPEL DE EMBRULHO ACABOU

A responsável pelo setor acrescenta que o mesmo aconteceu por causa do Dia das Crianças. Que interessante. A grande cadeia de supermercados Carrefour não garantiu um estoque de papel de presentes, mesmo dotada de sistemas de previsão de compra de estoques, pedidos, notas fiscais e etc.
Pois bem, a cliente, vítima deste supermercado perverso, é obrigada a comprar uma embalagem para seu presente. Aí reside o primeiro erro de lógica. Se o papel de presente acabou, por incompetência do gerente, que TUDO DEVE VER, pois é gerente responsável, ele DEVERIA mandar os empregados utilizarem embalagens de papel das gôndolas.

Bem, a cliente está com sua embalagem. Qual foi seu próximo passo ? Pagar. Mas sabem quantos caixas esta grande rede de supermercados tinha em DIA DE GRANDE MOVIMENTO ? Três (3). Um para clientes preferenciais, um caixa rápido para até 20 volumes e um caixa normal. O caixa rápido, mesmo tendo vários atendentes, deve ser contado como um só, pois os atendentes fazem o famoso "jogo de embreagem", ou seja, seguram a fila para fazer os últimos desistirem, prática muito comum nos bancos antigamente.

Chegada a vez desta cliente (20 minutos na fila) se apresentar no caixa, a atendente invoca a Norma que os supermercados inventaram, e diz:

Não posso atender a senhora, pois a senhora não é preferencial. A cliente explica que está com filhos pequenos aguardando no estacionamento, mas a caixa teima em não atender. Acrescente-se que atrás da cliente não tem NINGUÉM com requisitos de preferencial. Veja só. Uma só mercadoria para pagar (o supermercado está ganhando), cujo pagamento não levaria mais de 2 minutos, e a sociopata do caixa resolve dar uma de Chefe. A discussão prossegue, consumindo mais tempo, superior ao tempo de pagamento. Dois seguranças são chamados e a caixa com conflitos de autoridade quer que a cliente COM UM ÚNICO ITEM saia da fila. Mais discussão, mais tempo da humanidade perdido em função do orgulho da caixa. Mais um segurança é chamado. A caixa quer se afirmar como pessoa.

O gerente é chamado. O tempo de dois minutos em função do bem comum em muito já foi ultrapassado. O gerente não vem ao caixa, mas grita lá de longe:

Não podemos atender porque isto fere a Norma de fila preferencial

Coitado, é mais um "Normopata". Por ser ignorante e não saber temperar os regulamentos com o bom-senso, esta é a sua forma de proceder. Quando a pessoa não tem um raciocínio desenvolvido, ela evoca Normas e Regulamentos. Se existissem somente os códigos de leis para reger as disputas, não teríamos juízes, e no entanto eles estão aí. Sem contar que, estando em uma loja da Zona Norte, este gerente é um dos últimos da fila de seleção de empregados, e não tem a educação necessária para lidar com o público.

A cliente explica também:

ESTOU NESTA FILA PORQUE NÃO TEM PAPEL DE EMBRULHO POR INCOMPETÊNCIA SUA

E após uns resmungos, ela é atendida. Isto é Brasil. Coitados de nós. E também é um caso de discriminação de terceiros, ou seja, se a cliente fizesse a compra na Zona Sul, o gerente logo diria que a atendente deixasse passar, para não comprometer a fila.

Conclusão

Brasileiro deveria ter consciência de que nosso país pode ir muito mais longe, e que as Normas são uma direção, e não cercas de uma prisão.




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